Previna-se das doenças oculares de verão
No verão, além da pele, os olhos também necessitam de cuidados especiais. Os raios ultravioletas, que estão presentes devido às altas temperaturas, são os responsáveis por ocasionar problemas de visão nessa época do ano. Isso porque, eles podem sofrer agressões devido a radiação solar e ficar expostos a algumas lesões na córnea e na retina, desenvolvendo doenças como pterígio e catarata.
Além disso, as altas temperaturas e os ambientes coletivos quentes e úmidos como piscinas e praias, favorecem o desenvolvimento de fungos, bactérias podendo gerar infecções oculares, inflamações e alergias. Bem como o aparecimento de conjuntivite e ceratite.
De acordo com recente pesquisa realizada nos Estados Unidos, segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Oftalmologia, a incidência de doenças causadas por vírus e bactérias é 46% maior no verão, do que em outras estações do ano. A cada 10 graus em que a temperatura se eleva, aumenta a probabilidade de incidência de número de pacientes infectados em 17%.
Um dos cuidados a serem tomados é utilizar óculos solares de qualidade, usar bonés, chapéus, barracas na praia e cuidar com o manuseio e uso de lentes de contato. Também é necessário ficar atento aos sinais e sintomas de algumas doenças. Separamos um pouco sobre cada um desses temas abaixo. Confira.
Óculos de sol de qualidade
Procure usar óculos de sol de qualidade e que realmente ofereçam proteção contra os raios solares do tipo UVA e UVB. Para isso, procure adquiri-los em óticas de confiança, os óculos sem proteção agridem ainda mais os olhos. Usar chapéu ou boné também é recomendado. A falta de proteção pode causar queimaduras solares.
Cuidado com lentes de contato
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que 2 milhões de brasileiros usam lentes de contatos. Além do cuidado diário de higiene e manuseio, o verão exige alguns cuidados específicos. Não entre na piscina ou na água do mar usando as lentes de contato. Ela facilita a proliferação de bactérias, além de aumentar as chances de irritar os olhos por causa do sal, do cloro e outros componentes.
Conjuntivite
O verão aumenta a incidência da conjuntivite, doença que afeta a conjuntiva, a membrana que recobre o olho. Ela pode ocorrer em três diferentes tipos: alérgica, viral ou bacteriana. Somente as infeciosas – virais e bacterianas é que são contagiosas, sendo que as virais geralmente são as que mais causam as epidemias.
Os principais sintomas da conjuntivite são: olhos vermelhos, secreção, lacrimejamento, sensação se areia nos olhos, pálpebras inchadas e coceira. Pode afetar os dois olhos e os sintomas poder permanecer por até duas semanas. Os principais cuidados para evitar a transmissão da conjuntivite são: lavar as mãos, evitar o compartilhamento de toalhas e evitar coçar os olhos.
Ceratite
É uma infecção que acomete a córnea e é causada por fungos, vírus ou bactérias, que se proliferam mais no verão. Os sintomas mais comuns são vermelhidão intensa nos olhos, dor, lágrimas em excesso, visão embaçada e fotofobia. Normalmente acomete um dos olhos, mas em alguns dos casos pode se desenvolver nos dois olhos.
Catarata
É uma doença que acomete o cristalino, a lente natural do olho e geralmente acomete as pessoas, após os 60 anos de idade. A catarata faz com que essa lente, que deve ser transparente, fique opaca. Por conta da exposição solar excessiva e sem proteção adequada, a doença pode aparecer de maneira precoce.
Pterígio
O pterígio é uma doença que faz surgir uma membrana avermelhada sobre o branco do olho que se estende na região da córnea podendo se estender e crescer o suficiente para interferir na visão. Sua causa pode ser a exposição em excesso e sem proteção dos olhos aos raios ultravioletas UVA e UVB. Tem como sintomas ardência e vermelhidão.
Outros cuidados podem ser tomados com os olhos durante o verão. Evitar a exposição solar durante alguns horários determinados, principalmente entre às 10 horas e às 14 horas, é um deles. Em cidades onde vigora o horário de verão evitar a exposição até às 15 horas. Já às crianças devem evitar a exposição solar entre 10 horas e 17 horas. Use colírios somente recomendados por oftalmologistas, não se automedique.
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Dr. Leonardo Poli
CRM/PR – 18150 / RQE – 26366
- Médico oftalmologista desde 2.000
- Especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia há mais de 15
- Especialista em Cirurgia de catarata com Laser e Facoemulsificação.
- Especialista em Cirurgia Refrativa para correção de Miopia – Astigmatismo –Hipermetropia.
- Cirurgia para implantes de lentes multifocais para correção da Presbiopia (vista cansada).
- Anel de Ferrara com Laser para Ceratocotone.