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27/08/2018

Doenças oculares relacionadas à idade

O corpo envelhece e, com isso, alguns órgãos apresentam mais sensibilidade para desenvolver algumas doenças. É o caso das doenças oculares relacionadas à idade, que costumam surgir após os 50 anos, sendo que outras, irão apresentar sinais somente com a chegada da terceira idade.

É importante ficarmos atentos, pois a saúde dos olhos também requer cuidados e atenção especiais. Principalmente porque, em sua grande maioria, não aparentam ter uma causa. Sabe-se que algumas dessas doenças estão relacionadas ao tabagismo, hipertensão arterial, diabetes e exposição ao sol.

Os problemas de visão que mais afetam os idosos são: vista cansada, catarata, glaucoma e retinopatia diabética e degenerações da mácula (DMRI).

Conheça abaixo estas e outras doenças oculares mais comuns de ocorrer com o avanço da idade.

Presbiopia

Caracteriza-se pela perda da visão para perto, principalmente nos ambientes que têm pouca luz. Pode acometer as pessoas já a partir dos 40 anos de idade e é mais conhecida como “visão cansada”.

É também uma das doenças oculares mais frequentes. Ocorre porque o cristalino, também chamado de lente dos olhos, perde a elasticidade com a idade.

Quando não tratada, pode provocar alguns sintomas incômodos como dores de cabeça e fadiga. Sua correção pode ser feita com o uso de óculos,  lentes de contato ou cirurgia.

Glaucoma

O glaucoma provoca o aumento da pressão do olho. Esse aumento ocorre de forma progressiva e provoca diminuição do campo de visão, podendo até mesmo causar a cegueira.

O aumento da pressão ocular causa danos irreversíveis no nervo óptico, responsável pela visão. Em todo o mundo, o glaucoma é considerado a principal causa da cegueira irreversível.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Glaucoma, a doença atinge 2% dos brasileiros com mais de 40 anos, o que resulta, em termos numéricos, cerca de 1 milhão de pessoas.

O Glaucoma de Ângulo Aberto é o tipo mais comum de glaucoma e é também o que não causa dor e nenhum tipo de sintoma que possa indicar o aumento da pressão do olho.

Por esse motivo, muitas vezes a pessoa só vai perceber que tem a doença, quando o nervo óptico já está bastante lesionado.

Quando tratado com medicamentos, o glaucoma pode ser controlado. Em alguns casos, a cirurgia pode ser indicada.

Catarata

A catarata é uma das principais causas da cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, número que representa 20 milhões de pessoas. Quase metade da população com mais de 65 anos sofre com essa doença.

Ela afeta o cristalino, a lente dos olhos, que perde a sua transparência e começa a ficar opaco causando uma espécie de visão nublada ou turva, dificultando tarefas simples como ler e dirigir. A causa mais comum para o desenvolvimento da doença é o envelhecimento.

Alguns fatores de risco podem aumentar a probabilidade de incidência da doença. São eles: diabetes, consumo excessivo de álcool, exposição demasiada à luz solar, histórico familiar, obesidade, hipertensão, tabagismo e uso prolongado de medicamentos com corticoesteroides.

Nem todas as cataratas apresentam sintomas, mas quando estão presentes, os principais são: visão nublada, dificuldade de dirigir à noite, dificuldades em realizar as atividades do dia a dia por conta de problemas de visão.

A partir do diagnóstico precoce, já é possível indicar qual o melhor tratamento. A cirurgia é capaz de tratar a perda de visão. Durante o procedimento, a catarata é removida e o cristalino danificado é substituído por uma lente artificial. Algumas pessoas conseguem a correção com o uso de óculos ou lentes de contato.

 

DMRI

A doença macular relacionada à idade (DMRI) que afeta uma parte da retina chamada de mácula, responsável em dar nitidez à nossa visão.

A DMRI causa a perda progressiva da visão sendo a doença que mais origina cegueira em pessoas com mais de 60 anos. A estimativa é que no Brasil, aproximadamente 100 mil novos casos da DMRI apareçam por ano.

Existem dois tipos da doença, a DMRI Seca, manifestando-se em 90% dos casos e a DMRI exsudativa, considerada a forma mais grave.

O tratamento inclui uso de medicação, em alguns casos deve ser aplicado diretamente no olho e cuidados específicos com a alimentação.

Retinopatias

A retinopatia é um termo usado para definir todas as doenças não inflamatórias que afetam a retina. Grande parte delas está relacionada a hábitos de vida, estresse ou doenças, como a retinopatia diabética ou a que causada pelo aumento da pressão arterial.

Existem diversos tipos delas:

  • retinopatia diabética;
  • retinopatia hipertensiva;
  • retinopatia solar;
  • retinopatia causada por anemia falciforme;
  • retinopatia causada por medicamentos;

Quando acomete o recém-nascido é chamada de retinopatia da prematuridade.

O tratamento inclui uso de medicamentos anti-inflamatórios, aplicação de luz a laser e, em alguns casos, cirurgia.

 

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Dr. Leonardo Poli

CRM/PR – 18150
RQE – 26366

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